“Caso Novojornal” expõem esquema de Aécio na revista IstoÉ
Como na confecção do dossiê transformado no livro
“Privataria Tucana”, paulistas descobrem que Aécio esta por trás dos ataques da
IstoÉ
Na segunda e terça-feira desta semana, integrantes do PSDB
paulista não falaram em outra coisa que não fosse a publicação da reportagem
pela revista “IstoÉ”, informando que a “ Lista de Furnas”, seria falsa.
Informações sabidamente irreais, e o pior, “IstoÉ” já
publicara matéria afirmando o contrário,
pois os documentos já foram periciados pela Polícia Federal que atestou
sua autenticidade, e fruto deste laudo o Ministério Público Federal do Rio de
Janeiro apresentou há dois anos uma denúncia contra o principal arrecadador do
esquema criminoso, Dimas Fabiano Toledo.
Intrigava o PSDB paulista o que estaria por trás das ações
da “IstoÉ”, pois encontra-se há quase três meses embaixo de pesado ataque da
revista que vem desnudando o esquema de corrupção montado através de um cartel
de empresas capitaneadas pela Siemens e Alstom, fornecedoras do Metrô de São
Paulo.
As primeiras suspeitas de condução e direcionamento na
publicação das reportagens vieram através do fato de só ser noticiado por
“IstoÉ” as irregularidades relativas ao cartel no setor de transporte
metroviário, que está restrito a São Paulo e Brasília, sem abordar o setor
elétrico, onde as irregularidades são maiores e envolvem principalmente a CEMIG
e a Light, ambas pertencentes ao Governo de Minas Gerais.
O envolvimento da Cemig no esquema criminoso é tão gritante
que o principal operador do esquema José Luiz Alqueires abandonou a presidência
da Alstom para assumir a direção da Light assim que a concessionária de energia
foi comprada pela Cemig.
Segundo assessores do PSDB paulista o ex-governador José
Serra já vinha a mais de um mês insistindo com o governador Geraldo Alckmin na
tese de que por trás do ataque seletivo da “IstoÉ” estaria o grupo de Aécio
Neves, desconfiança que segundo estes
mesmos assessores agigantou-se diante da
“concessão”, feita pela revista em publicar a matéria sobre a “Lista de
Furnas”, sabidamente de interesse do senador mineiro.
Somado a este fato, já existia o precedente ocorrido em
relação ao comprovado patrocínio de Aécio Neves através do Jornal Estado de
Minas na coleta de documentos contra José Serra, sua filha e outras lideranças
do PSDB que acabaram gerando o livro “Privataria Tucana”.
O que era suspeita nesta terça-feira (16) tornou-se
realidade ao se descobrir que o ex- sócio da revista “IstoÉ”, Fernando Moreira
Salles que na década de 80 comprara a empresa tampando um rombo de U$ 1,5
milhão, voltara desde março deste ano a aportar recursos na mesma. Fernando é
hoje presidente da CBMM, que tem como única renda a exploração de Nióbio,
através de um contrato de arrendamento celebrado de maneira irregular, pois não
precedido de licitação, com o Governo de Minas Gerais através da CODEMIG.
Segundo relatório do Ministério Público do Tribunal de
Contas de Minas Gerais, o valor da venda do nióbio vem sendo declarado pela
CBMM a um preço inferior ao de mercado internacional, no mesmo relatório consta
que esta diferença alcança U$10.000 dólares a tonelada. Fato amplamente
denunciado há anos por Novojornal e que mereceu recente reportagem de autoria
da repórter Lilian Primi publicada na edição de outubro de 2013 da revista
“Caros Amigos”.
Fernando Moreira Salles, consultado por uma liderança
paulista teria desconversado alegando que se tratava apenas de um negocio,
porém a quantia “investida”, nos últimos seis meses chega a mais de R$ 28
milhões de reais, somados a este investimento, os tucanos paulistas descobriram
que um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves, Mario Garneiro, ex- sócio
do dono da “IstoÉ”, Domingo Alzugaray, no Banco Múltiplo Transcontinental,
passou desde o início do ano a buscar patrocínios internacionais para alavancar
a revista em busca de fazer frente a concorrente “Veja”.
A liderança tucana que questionou Fernando ressalta que ele
a início negava e que só admitiu o fato, depois de confrontado com documentos
que comprovavam o aporte de capital registrado no balanço da CBMM. Admitindo ainda que fundos de investimentos
chineses e japoneses que compraram parte do capital da CBMM também estariam fazendo
pesado investimento na Editora Três.
Aécio questionado e ciente do tratamento que teria doravante
do PSDB paulista, ameaçou renunciar sua candidatura. Segundo um assessor,
revoltados com seu comportamento e para deixá-lo pagar o preço de sua traição,
Serra, Geraldo Alckmin e outras lideranças do PSDB paulista decidiram lançar
imediatamente e por definitivo a candidatura de Aécio a presidência.
Abandonando-o a seguir.
fonte: novojornal
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